Revista Flash Cidades
Entrevista
Entrevistado: Igor Sebba

Revista
Flash – Fale-nos um pouco sobre Igor Sebba:
Igor Sebba
– Falar de si mesmo
é sempre muito difícil, porém vou tentar passar uma visão minha como se
estivesse me olhando de fora. Meu nome é
Igor Mendonça Sebba, tenho 34 anos, ex-atleta profissional de basquete, formado
em Engenharia de Produção e pós-graduado em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV). Filho de Cesar Sebba, advogado e melhor jogador de basquete de Goiás de
todos os tempos e Ruth Sebba, professora, dona de casa e melhor mãe do
mundo. Tenho dois irmãos, Gregório e
Verônica Sebba. Sou uma pessoa muito ligada à família, e acredito que é a
instituição mais importante que temos na vida.
Considero-me bastante determinado, pois quando quero algo, me empenho
muito e concentro todo meu foco no objetivo a ser alcançado. Sou muito metódico: entendo que existe a
maneira certa para se obter resultados, sejam eles quais forem, na área
pessoal, familiar, física, profissional etc. Gosto de utilizar metodologias e
técnicas já comprovadas para gerir aspectos gerais da minha vida. Gosto muito de esportes em geral. Já joguei basquete profissional, mas também
já pratiquei natação, atletismo, tênis, boxe, jiu-jítsu, futevôlei, futebol,
beach tênis, skate, surf, vôlei, corrida, pilates, dentre outros. Sou do signo
de câncer e carrego algumas das caraterísticas do mesmo. Confesso que sou um pouco ansioso e busco no
esporte o equilíbrio que preciso, e que sempre deu resultado.
Revista
Flash – E o Igor profissional e empreendedor?
Igor Sebba
– Aprendi desde muito cedo que sucesso na vida pessoal e
profissional só se concretiza mediante muito esforço e dedicação. O resultado
surge de uma vida de estudos e uma boa formação. É preciso ainda um bom plano
de ação e a prática do dia-a-dia, que nos ensina a ser disciplinado. É com a
união de todos esses itens que abraço desafios, principalmente na minha
carreira profissional. Quanto ao empreendedorismo, acredito que se justifica na
visão de oportunidades onde a maioria não as vê. Isso pode ser empregado na
vida pessoal e familiar, no trabalho, nas relações interpessoais e sociais e na
política, principalmente na elaboração de boas políticas públicas que atendam,
de fato às necessidades da população, seja de forma individual, ou coletiva.
Revista
Flash – O sobrenome Sebba adiciona mais responsabilidade?
Igor Sebba
– Acredito que sim. Uma coisa é você sair do anonimato e
construir uma carreira, seja ela empresária, artística ou política. Outra é
carregar um sobrenome que arremete a indivíduos muito conhecidos no Estado.
Automaticamente as pessoas criam comparações morais e éticas e isso gera uma
expectativa de conduta e responsabilidade muito grande. É assim, principalmente com meu
pai – César Sebba –, que dedicou a vida ao esporte e se tornou uma pessoa
pública graças ao seu desempenho no basquete. Ele foi campeão várias vezes,
jogando nos maiores times do País. Além de destaque no basquete, ele foi
presidente do Jóquei Clube de Goiás e presidente da Agência Goiana de Esporte e
Lazer (AGEL), por oito anos. Ressalto também a contribuição do meu tio, Abdul
Sebba, como delegado, atuando com firmeza e determinação no combate à
criminalidade. Ele também dedicou sua vida à profissão e ao esporte, assim como
meu pai. Por todos esses motivos, me sinto na obrigação de sustentar e
corresponder às expectativas do povo goiano e daqueles que se destacaram como
personalidades íntegras e honestas.
Revista
Flash – E o esporte?
Igor Sebba
– O
esporte é minha vida. Pratico sempre que
posso e assisto aos campeonatos na TV, ou que acontecem em locais próximos e
que consigo acompanhar. Atualmente,
diante das responsabilidades como empresário, palestrante e agora, com essa
vontade de construir uma carreira política em Goiás, não consigo me dedicar
como antes às atividades esportivas. Mas nunca vou abandonar o Esporte, pois é
onde encontro meu equilíbrio e revivo os ensinamentos que regem minha vida.
Revista
Flash – Pronto para assumir responsabilidades políticas, visto
que o seu nome é apontado como provável candidato a deputado estadual?
Igor Sebba
– Sim, bastante. Acredito que posso contribuir muito com as
mudanças políticas que Goiás precisa. Tenho um espírito empreendedor e técnico
de ver o processo político, mas sei que o caminho é longo e é preciso fazer um
bom trabalho para ganhar a confiança dos eleitores goianos. Não basta ter
vontade e disposição, é preciso mensurar os ganhos e as perdas e visualizar os
resultados. Isso é a democracia e modelo de representatividade popular. A
sociedade precisa de representação como um todo, em todos os aspectos e
atendendo aos anseios do povo, e isso faz parte das mudanças que estou disposto
a colocar em prática.
Revista
Flash – Como você define sua posição política? Qual a ideologia
que a inspira?
Igor Sebba
– Minha posição política é determinada pelo desejo de
liberdade política, social e principalmente econômica, todas pautadas pela
responsabilidade e enfrentamento às injustiças sociais. Particularmente não me
agrada a redução da política a eixos determinados como esquerda, direita ou
centristas. Prefiro posturas filosóficas pautadas pelo bem comum e que vão além
de conformidades extremistas e conservadoras. Quanto à ideologia, prefiro que
seja construída segundo necessidades e desejos coletivos. Mas para que isso
aconteça de forma efetiva, é necessária uma unidade entre representante e
representados. Atualmente existe um abismo entre a política e a maioria da
população.
Esse
distanciamento foi construído ao longo da história do País, desde o império, e
isso gera um conformismo que impede a união da população com governantes e
legisladores e, com isso o processo democrático acaba prejudicado. Proponho um
relacionamento mais próximo, dinâmico e de maior interação. Precisamos de mais
envolvimento político da população, e que isso seja desvinculado de campanha
eleitoral.
Igor Sebba
– Esse, com certeza é um dos maiores problemas econômicos
do Brasil. Toda a carga tributária brasileira emperra o crescimento de milhares
de empreendedores e isso incide principalmente sobre as Micro e Pequenas
Empresas. Com todo esse rol de tributos, o pequeno empresário acaba por trilhar
os caminhos da sonegação, inadimplência ou falência. Fala-se, principalmente
durante as campanhas eleitorais, em promessas de reformas tributárias, agrária,
política, entre outras, mas pouca coisa foi feita. É preciso aliviar os setores
de comércio, indústria e serviços dos elevados índices de impostos. Pior ainda
que pagar muitos impostos é não ver a reversão e retorno desses tributos em
benefícios para a população.
Revista
Flash – O seu sucesso empresarial serve de patamar para esta nova
aspiração?
Igor Sebba
– Sim, mas não é o suficiente. Existem particularidades que
assemelham e outras que diferem a administração pública da particular. Acredito
que é preciso uma maior participação de pessoas capacitadas e técnicas, com
visão empreendedora e disciplina na carreira política. Princípios como:
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, muitas vezes
se esbarram no comodismo, corrupção e na estabilidade que os cargos públicos
oferecem. Isso ocorre com uma frequência infinitamente menor em empresas
particulares, por exemplo.
Revista
Flash – A Concreposte está instalada em Trindade, o que gera
empregos e divisas para o município. Você tem uma visão especial para aquela
região?
Igor Sebba
– Com certeza. Trindade está entre os meus principais focos
de atuação. Ali eu passei grande parte
da minha infância e conquistei posteriormente aprendizado e sucesso em gestão de
pessoas e negócios. Sou muito grato a essa região e, principalmente a Trindade
Leste, onde estão o Setor Pontakayana (setor criado pelo meu pai), e Renata
Park, onde está hoje instalada a Concreposte. Convivo com a realidade deste
município há muitos anos e conheço todas as qualidades e inúmeras necessidades
da região. Acredito que posso contribuir
e muito.
Revista
Flash – Como nasceu o espírito empreendedor em você? Havia algo
disso em sua família, ou no ambiente social que você viveu?
Igor Sebba
– Creio que é um pouco de tudo. Carrego comigo as
experiências que deram certo com meus familiares, e tento a cada dia aprimorá-las. Por meio da formação
educacional, dos esportes, da disciplina e da vontade de ter um mundo melhor à
minha volta, tento contribuir com boas ideias e ações inovadoras. O que me
motiva é a sede por mudanças e o desejo de não permanecer inerte frente aos
problemas sociais de ordem econômica e política.
Revista
Flash – Você acredita que as eleições no Brasil, da maneira como
são realizadas, significam realmente uma democracia?
Igor Sebba
– Eu acredito que o processo está ultrapassado. Precisamos de uma reforma política urgente em
nosso País. Temos eleições de 2 em 2
anos e este modelo coloca o foco total nos processos eleitorais e acaba
comprometendo os mandatos dos eleitos, que não têm tempo e nem tranquilidade
para exercê-los de forma a servir a sociedade.
A forma desigual em que o poderio econômico de cada campanha fala mais
alto, também compromete o processo como um todo. A mudança é necessária e precisa ser estudada.
Um modelo de eleições gerais de 5 em 5 anos talvez seria bem melhor para a
população.
Revista
Flash – Goiás está no caminho certo?
Igor Sebba
– Sim. Um Estado que atualmente cresce acima da média
nacional não pode estar no caminho errado. É claro que não podemos nos acomodar
com os recentes resultados e parar de buscar novas parcerias, novos rumos e
investimentos a curto, médio e longo prazo. Muito já foi feito, mas podemos
crescer ainda mais. Precisamos de uma maior participação nas exportações,
principalmente da produção de proteína animal, setor forte do agronegócio
goiano. Isso vai incrementar e alavancar nossa balança comercial, elevando
ainda mais nosso superávit.

Igor Sebba
– Concordo com o povo e acredito que as manifestações sem
violência representam a insatisfação, repudia a corrupção e os desmandos que
tomaram conta da política no nosso País. Precisamos externar a insatisfação e
cobrar mais de nossos governantes. Foi um erro investir só em Estádios e deixar
o social e a infraestrutura de lado. Mas é preciso entender que não deve haver
uma dicotomia entre direitos básicos, e que são garantidos pela nossa
Constituição Federal e os eventos esportivos. Não podemos estereotipar saúde,
educação e segurança pública, por exemplo, como o lado bom, e a Copa como o
ruim. É mais uma questão de falta de gestão e prioridades quanto às políticas
públicas de cada área.
O Brasil tem
plenas condições de atender satisfatoriamente as demandas dos direitos
individuais e coletivos da população e ainda investir em lazer, cultura e
diversão. Basta uma gestão eficiente e a união de equipes técnicas capacitadas
para identificar quais medidas são necessárias para que as coisas saiam do
papel. Outro ponto importante, e que precisa ser combatido é a corrupção, que
permeia grande parte das ações políticas atuais. Com menos corrupção, gente
capacitada e vontade de investir, não tem porque não dar certo.
Quanto à
Copa, o País teve sete anos para resolver questões de mobilidade urbana,
infraestrutura aeroportuária, além dos problemas sociais crônicos, como a saúde
e educação, mas pouca coisa foi feita. Se o povo entende que as coisas não
estão indo bem, além dos protestos, nas eleições está a grande chance de
mudança. Não adianta ir às ruas protestar contra a Copa e eximir-se da
responsabilidade do voto consciente. A dica é pesquisar muito para fazer a
melhor escolha.
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