sexta-feira, 13 de junho de 2014

ENTREVISTA


Revista Flash Cidades
Entrevista
Entrevistado: Igor Sebba
Nosso entrevistado desta edição é o empresário Igor Sebba. Atleta, engenheiro de produção, com MBA em Gestão Empresarial e Franquias, o empreendedor é CEO (do inglês: Chief Executive Officer) na empresa Concreposte. Sebba é, ainda, presidente do PSL jovem e aborda assuntos relacionados à família, empreendedorismo e pretensões políticas. Conheça um pouco mais deste personagem que ora se destaca no cenário goiano como pré-candidato à Assembleia Legislativa do Estado.

Revista Flash – Fale-nos um pouco sobre Igor Sebba:
Igor Sebba – Falar de si mesmo é sempre muito difícil, porém vou tentar passar uma visão minha como se estivesse me olhando de fora.  Meu nome é Igor Mendonça Sebba, tenho 34 anos, ex-atleta profissional de basquete, formado em Engenharia de Produção e pós-graduado em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Filho de Cesar Sebba, advogado e melhor jogador de basquete de Goiás de todos os tempos e Ruth Sebba, professora, dona de casa e melhor mãe do mundo.  Tenho dois irmãos, Gregório e Verônica Sebba. Sou uma pessoa muito ligada à família, e acredito que é a instituição mais importante que temos na vida. 
Considero-me bastante determinado, pois quando quero algo, me empenho muito e concentro todo meu foco no objetivo a ser alcançado.  Sou muito metódico: entendo que existe a maneira certa para se obter resultados, sejam eles quais forem, na área pessoal, familiar, física, profissional etc. Gosto de utilizar metodologias e técnicas já comprovadas para gerir aspectos gerais da minha vida.  Gosto muito de esportes em geral.  Já joguei basquete profissional, mas também já pratiquei natação, atletismo, tênis, boxe, jiu-jítsu, futevôlei, futebol, beach tênis, skate, surf, vôlei, corrida, pilates, dentre outros. Sou do signo de câncer e carrego algumas das caraterísticas do mesmo.  Confesso que sou um pouco ansioso e busco no esporte o equilíbrio que preciso, e que sempre deu resultado.

Revista Flash – E o Igor profissional e empreendedor?
Igor Sebba – Aprendi desde muito cedo que sucesso na vida pessoal e profissional só se concretiza mediante muito esforço e dedicação. O resultado surge de uma vida de estudos e uma boa formação. É preciso ainda um bom plano de ação e a prática do dia-a-dia, que nos ensina a ser disciplinado. É com a união de todos esses itens que abraço desafios, principalmente na minha carreira profissional. Quanto ao empreendedorismo, acredito que se justifica na visão de oportunidades onde a maioria não as vê. Isso pode ser empregado na vida pessoal e familiar, no trabalho, nas relações interpessoais e sociais e na política, principalmente na elaboração de boas políticas públicas que atendam, de fato às necessidades da população, seja de forma individual, ou coletiva.

Revista Flash – O sobrenome Sebba adiciona mais responsabilidade?
Igor Sebba – Acredito que sim. Uma coisa é você sair do anonimato e construir uma carreira, seja ela empresária, artística ou política. Outra é carregar um sobrenome que arremete a indivíduos muito conhecidos no Estado. Automaticamente as pessoas criam comparações morais e éticas e isso gera uma expectativa de conduta e responsabilidade muito grande.  É assim, principalmente com meu pai – César Sebba –, que dedicou a vida ao esporte e se tornou uma pessoa pública graças ao seu desempenho no basquete. Ele foi campeão várias vezes, jogando nos maiores times do País. Além de destaque no basquete, ele foi presidente do Jóquei Clube de Goiás e presidente da Agência Goiana de Esporte e Lazer (AGEL), por oito anos. Ressalto também a contribuição do meu tio, Abdul Sebba, como delegado, atuando com firmeza e determinação no combate à criminalidade. Ele também dedicou sua vida à profissão e ao esporte, assim como meu pai. Por todos esses motivos, me sinto na obrigação de sustentar e corresponder às expectativas do povo goiano e daqueles que se destacaram como personalidades íntegras e honestas.

Revista Flash – E o esporte?
Igor Sebba – O esporte é minha vida.  Pratico sempre que posso e assisto aos campeonatos na TV, ou que acontecem em locais próximos e que consigo acompanhar. Atualmente, diante das responsabilidades como empresário, palestrante e agora, com essa vontade de construir uma carreira política em Goiás, não consigo me dedicar como antes às atividades esportivas. Mas nunca vou abandonar o Esporte, pois é onde encontro meu equilíbrio e revivo os ensinamentos que regem minha vida.

Revista Flash – Pronto para assumir responsabilidades políticas, visto que o seu nome é apontado como provável candidato a deputado estadual?
Igor Sebba – Sim, bastante. Acredito que posso contribuir muito com as mudanças políticas que Goiás precisa. Tenho um espírito empreendedor e técnico de ver o processo político, mas sei que o caminho é longo e é preciso fazer um bom trabalho para ganhar a confiança dos eleitores goianos. Não basta ter vontade e disposição, é preciso mensurar os ganhos e as perdas e visualizar os resultados. Isso é a democracia e modelo de representatividade popular. A sociedade precisa de representação como um todo, em todos os aspectos e atendendo aos anseios do povo, e isso faz parte das mudanças que estou disposto a colocar em prática.

Revista Flash – Como você define sua posição política? Qual a ideologia que a inspira?
Igor Sebba – Minha posição política é determinada pelo desejo de liberdade política, social e principalmente econômica, todas pautadas pela responsabilidade e enfrentamento às injustiças sociais. Particularmente não me agrada a redução da política a eixos determinados como esquerda, direita ou centristas. Prefiro posturas filosóficas pautadas pelo bem comum e que vão além de conformidades extremistas e conservadoras. Quanto à ideologia, prefiro que seja construída segundo necessidades e desejos coletivos. Mas para que isso aconteça de forma efetiva, é necessária uma unidade entre representante e representados. Atualmente existe um abismo entre a política e a maioria da população.
Esse distanciamento foi construído ao longo da história do País, desde o império, e isso gera um conformismo que impede a união da população com governantes e legisladores e, com isso o processo democrático acaba prejudicado. Proponho um relacionamento mais próximo, dinâmico e de maior interação. Precisamos de mais envolvimento político da população, e que isso seja desvinculado de campanha eleitoral.

Revista Flash – Há impostos demais?
Igor Sebba – Esse, com certeza é um dos maiores problemas econômicos do Brasil. Toda a carga tributária brasileira emperra o crescimento de milhares de empreendedores e isso incide principalmente sobre as Micro e Pequenas Empresas. Com todo esse rol de tributos, o pequeno empresário acaba por trilhar os caminhos da sonegação, inadimplência ou falência. Fala-se, principalmente durante as campanhas eleitorais, em promessas de reformas tributárias, agrária, política, entre outras, mas pouca coisa foi feita. É preciso aliviar os setores de comércio, indústria e serviços dos elevados índices de impostos. Pior ainda que pagar muitos impostos é não ver a reversão e retorno desses tributos em benefícios para a população.

Revista Flash – O seu sucesso empresarial serve de patamar para esta nova aspiração?
Igor Sebba – Sim, mas não é o suficiente. Existem particularidades que assemelham e outras que diferem a administração pública da particular. Acredito que é preciso uma maior participação de pessoas capacitadas e técnicas, com visão empreendedora e disciplina na carreira política. Princípios como: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, muitas vezes se esbarram no comodismo, corrupção e na estabilidade que os cargos públicos oferecem. Isso ocorre com uma frequência infinitamente menor em empresas particulares, por exemplo.

Revista Flash – A Concreposte está instalada em Trindade, o que gera empregos e divisas para o município. Você tem uma visão especial para aquela região?
Igor Sebba – Com certeza. Trindade está entre os meus principais focos de atuação.  Ali eu passei grande parte da minha infância e conquistei posteriormente aprendizado e sucesso em gestão de pessoas e negócios. Sou muito grato a essa região e, principalmente a Trindade Leste, onde estão o Setor Pontakayana (setor criado pelo meu pai), e Renata Park, onde está hoje instalada a Concreposte. Convivo com a realidade deste município há muitos anos e conheço todas as qualidades e inúmeras necessidades da região.  Acredito que posso contribuir e muito.

Revista Flash – Como nasceu o espírito empreendedor em você? Havia algo disso em sua família, ou no ambiente social que você viveu?
Igor Sebba – Creio que é um pouco de tudo. Carrego comigo as experiências que deram certo com meus familiares, e tento a cada dia aprimorá-las.  Por meio da formação educacional, dos esportes, da disciplina e da vontade de ter um mundo melhor à minha volta, tento contribuir com boas ideias e ações inovadoras. O que me motiva é a sede por mudanças e o desejo de não permanecer inerte frente aos problemas sociais de ordem econômica e política.

Revista Flash – Você acredita que as eleições no Brasil, da maneira como são realizadas, significam realmente uma democracia?
Igor Sebba – Eu acredito que o processo está ultrapassado.  Precisamos de uma reforma política urgente em nosso País.  Temos eleições de 2 em 2 anos e este modelo coloca o foco total nos processos eleitorais e acaba comprometendo os mandatos dos eleitos, que não têm tempo e nem tranquilidade para exercê-los de forma a servir a sociedade.  A forma desigual em que o poderio econômico de cada campanha fala mais alto, também compromete o processo como um todo.  A mudança é necessária e precisa ser estudada. Um modelo de eleições gerais de 5 em 5 anos talvez seria bem melhor para a população.

Revista Flash – Goiás está no caminho certo?
Igor Sebba – Sim. Um Estado que atualmente cresce acima da média nacional não pode estar no caminho errado. É claro que não podemos nos acomodar com os recentes resultados e parar de buscar novas parcerias, novos rumos e investimentos a curto, médio e longo prazo. Muito já foi feito, mas podemos crescer ainda mais. Precisamos de uma maior participação nas exportações, principalmente da produção de proteína animal, setor forte do agronegócio goiano. Isso vai incrementar e alavancar nossa balança comercial, elevando ainda mais nosso superávit.

Revista Flash – As manifestações que hoje ocorrem no País, contrárias à realização da Copa, têm como foco melhorias na saúde, na segurança pública e na educação. Qual a sua opinião?
Igor Sebba – Concordo com o povo e acredito que as manifestações sem violência representam a insatisfação, repudia a corrupção e os desmandos que tomaram conta da política no nosso País. Precisamos externar a insatisfação e cobrar mais de nossos governantes. Foi um erro investir só em Estádios e deixar o social e a infraestrutura de lado. Mas é preciso entender que não deve haver uma dicotomia entre direitos básicos, e que são garantidos pela nossa Constituição Federal e os eventos esportivos. Não podemos estereotipar saúde, educação e segurança pública, por exemplo, como o lado bom, e a Copa como o ruim. É mais uma questão de falta de gestão e prioridades quanto às políticas públicas de cada área.
O Brasil tem plenas condições de atender satisfatoriamente as demandas dos direitos individuais e coletivos da população e ainda investir em lazer, cultura e diversão. Basta uma gestão eficiente e a união de equipes técnicas capacitadas para identificar quais medidas são necessárias para que as coisas saiam do papel. Outro ponto importante, e que precisa ser combatido é a corrupção, que permeia grande parte das ações políticas atuais. Com menos corrupção, gente capacitada e vontade de investir, não tem porque não dar certo.
Quanto à Copa, o País teve sete anos para resolver questões de mobilidade urbana, infraestrutura aeroportuária, além dos problemas sociais crônicos, como a saúde e educação, mas pouca coisa foi feita. Se o povo entende que as coisas não estão indo bem, além dos protestos, nas eleições está a grande chance de mudança. Não adianta ir às ruas protestar contra a Copa e eximir-se da responsabilidade do voto consciente. A dica é pesquisar muito para fazer a melhor escolha.




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ROMARIA 2014

    Trindade mais uma vez se prepara para a grande romaria do Divino Pai Eterno. Este ano a estimativa é de que 2 milhões e setecentos mil romeiros visitem Trindade. Esperam-se caravanas de todo país, mas pela primeira vez, acreditamos que a infra estrutura do município terá um maior suporte para os visitantes.

    Novos hotéis e pousadas foram construídos aumentando o número de leitos, bem como restaurantes e similares, a Administração Municipal está montando uma verdadeira operação de guerra, para dar aos romeiros o acolhimento necessário para que sua estadia em Trindade seja a mais agradável possível.

   Este ano, contamos com a estrutura duplicada da Rodovia dos Romeiros, a rodovia que liga Abadia a Trindade concluída e também a rodovia que liga Goianira a Trindade concluída. Este suporte irá com certeza melhorar em muito o fluxo de veículos e caminhantes para a Capital Católica.

  Tudo também está sendo preparado para receber os carreiros do Pai Eterno que todos os anos rodam dezenas de quilômetros até a Casa do Pai. Este ano sem dúvidas o Carreiródromo estará repleto de romeiros com seus carros de bois desfilando para um grande público.

    Vamos então torcer para que esta romaria 2014 seja repleta de bênçãos e ocorra sem nenhum incidente sério, para que todos os romeiros que se dirigem para Trindade, possam fazê-lo em segurança e que sua estadia na cidade seja calma e tranqüila.
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POLÍTICA

RACHA
Em Goiás não se fala outra coisa: O “Racha “ no PMDB é o principal foco das conversas políticas.

JÚNIOR
O milionário Júnior Friboi, não agüentou a pressão e caiu fora em tempo hábil

MARCONI
Com certeza feliz com esta ruptura peemedebisba, partido rachado é partido fraco de votos.

IRIS
Ainda cauteloso Iris Rezende se reúne de manhã, a tar de e a noite com os seus correligionários buscando saídas para a crise que se instalou.

CANDIDATOS
Alguns candidatos que contavam certo o apoio de Júnior em suas respectivas campanha já buscam outro navio.

IPTU 2015
O prefeito Paulo Garcia, aguarda a nova planta de valores para a correção do IPTU 2015, ou seja, vem aumento por aí.

TRINDADE
A cidade do Divino Pai Eterno, talvez seja a cidade goiana com o maior número de postulantes a uma vaga na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás.

MAIS DE 10
Até o momento já contei mais de dez possíveis nomes que se lançam como candidatos, o último foi o J. Carreiro, que me afirmou ser candidato a deputado.

TREVO DO PADRE PELÁGIO
Difícil tarefa para os motoristas de Trindade e de todos que utilizam a GO 060, com a demora para conclusão das obras que envolvem o trevo Padre Pelágio. Tarefa difícil para Marconi.

FESTA DE TRINDADE

Com a festa do Divino Pai Eterno se aproximando a não conclusão desta obra trará inpúmeros transtornos para os romeiros durante os festejos. Estima-se 2 milhões e 700 mil pessoas no município, o dobro da população de Goiânia.
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NOTAS

MANOEL MONTEIRO
    A Avenida Manoel Monteiro recebe novo recapeamento. O Governo Municipal, inicia os seus trabalhos de asfaltamento no centro histórico pela principal artéria da cidade. A via está ficando com uma nova cara, agradando principalmente os motoristas que passam dezenas de vezes por dia no local.
GO 060
    A manutenção da Rodovia dos Romeiros ( GO 060) está sendo cumprida pelo Governo Estadual. Com a manutenção do gramado, limpeza, e roçagem dos matos nas laterais, o principal acesso a Capital da Fé, está cada dia mais bem cuidada, deixando é claro, uma excelente impressão aos visitantes.

AMBULANTES
Os feirantes de artigos religiosos estão agora em novo local. Abaixo da Nova Basílica o ambiente está sendo preparado para acolher a esses comerciantes. Uma boa medida visto que a frente da Basílica já estava se transformando em uma praça de ambulantes vendendo mercadorias de toda ordem com cara de mercado aberto.

LIXO
Muita reclamação por parte dos moradores do Trindade Leste com relação a lixo e entulhos nas ruas, cabendo inclusive um discurso inflamado do vereador Erick Cotrin na tribuna da Câmara Municipal de Trindade, mostrando fotos dos setores que estavam mais sujos da região, entre eles o Califórnia, onde a praça central do setor já havia desaparecido no matagal. Providências urgentes precisam ser tomadas pela Subprefeitura.

SOM URBANO
Onde fica a lei que define os decibéis que podem ser utilizados pelos carros de som em Trindade? A altura utilizada pelos veículos voltou a ser imposta aos nossos ouvidos de maneira insuportável, quando acontece o cruzamento de dois ou mais carros de som o inferno está montado. Recado para as autoridades que respondem pelo setor.

POLICIAIS MIRINS
O projeto montado pelo comandante da 30ª CIPM do Trindade Leste, está funcionando a pleno vapor. As crianças estão realmente assimilando todos os ensinamentos recebidos em aulas diárias e com certeza estão no caminho certo para se tornarem cidadãos plenos. Parabéns ao comandante pela iniciativa.

SINALIZAÇÃO

Com uma frota de veículos assustadora, Trindade se depara com um sério problema a ser enfrentado que é organizar definitivamente o trânsito na cidade. É só entrar um novo diretor no SMT que o mesmo inicia o seu trabalho mudando mãos e contra mãos. Os motoristas já não suportam mais tantas mudanças. Precisamos sim., de mais semáforos e placas de sinalização definitivas.
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Conversando sobre Educação, com Míriam Bueno

Caros leitores
           
Na edição desse mês vamos abordar um tema que tem tomado conta das mídias nos últimos meses: as manifestações juvenis, em todo o país, contrárias a Copa 2014.

“Da Copa eu abro mão!
Eu quero é salário, saúde e educação”

            Quanto mais se aproxima a Copa do Mundo, mais mobilizações e greves sacodem o Brasil. O protagonismo não é o das ruas coloridas de verde e amarelo, mas das inúmeras categorias em suas greves, piquetes, passeatas massivas e ocupações urbanas.
A indignação não é com um jogador ou outro que ficou de fora da escalação, mas com os baixos salários, com a inflação, com os altos preços dos alimentos, com a precariedade do transporte público e da educação pública, com as filas dos hospitais, com as remoções, etc.
Já está claro que nossa Presidenta, governadores e prefeitos não conseguem mais enganar o povo com o discurso de que a Copa traria benefícios, porque só o que vimos até agora é que as nossas condições de vida pioraram enquanto o bolso dos banqueiros, empreiteiros e corruptos fica cada vez mais cheio.
O governo continua destinando grande parte do orçamento geral da União para juros e amortizações da dívida pública. Tudo isso diante de uma crise econômica que se aprofunda.
É impossível, neste momento, fazer uma análise clara sobre os desdobramentos e os impactos das manifestações, pois as coisas ainda estão acontecendo e de uma maneira muito rápida. O que podemos fazer é levantar alguns pontos a respeito, debater, sem necessariamente pensar num encaminhamento.
1.    A ocupação das ruas como estratégia política
Grandes manifestações com diversas classes sociais ocupando o espaço público não são uma novidade, nem no Brasil, nem no restante do mundo. Claro que elas são bem diferentes entre si, sobretudo se analisarmos a conjuntura em que cada uma ocorreu, mas a ocupação do espaço público como estratégia política é um traço comum, além da participação muito importante da juventude. É comum em manifestações desta natureza, que se explicitem as contradições que apareceram nas reivindicações também no Brasil.

2.  A pauta dos transportes como agregadora de outras temáticas
O Movimento Passe Livre, que puxou as manifestações em São Paulo e até mesmo em Goiânia, teve grande êxito pela forma de organização - fruto do Fórum Social Mundial e da proposta de movimentos pautados na horizontalidade, mas que sabem dialogar com a política tradicional– e por saber passar uma mensagem simples, clara e bastante agregadora. Eles puxam por uma pauta máxima: tarifa zero, mas não caíram de paraquedas no tema, são bastante politizados e a mensagem, além de simples e direta para a população, é agregadora de diversas outras temáticas, como a privatização e a qualidade dos serviços públicos, o direito à cidade, os impostos, a transparência na gestão da coisa pública etc.

3. A diversidade das pautas reflete as disputas postas na sociedade brasileira
As manifestações vêm crescendo da primeira à última, mas têm um ponto claro de inflexão: a violenta repressão policial assistida em São Paulo e em outras cidades. Ao ir às ruas pelo direito à livre manifestação, a população acabou ampliando os temas e expondo a diversidade de pautas e conflitos próprios da sociedade brasileira. Vários temas apareceram: PEC 37, os investimentos na Copa, ‘Cura Gay’, reivindicações por serviços públicos de qualidade. Há uma amplitude de pautas, tanto de esquerda quanto conservadoras, como contra o aborto, pelo apartidarismo e pela redução da maioridade penal. Isso chama a atenção para a presença de vários setores chamados a participar da sociedade pelo consumo, mas que nunca conheceram um Estado de bem-estar social. Além disso, demonstrou que há uma grande dissintonia entre as expectativas da população em geral e a capacidade de representação e de respostas das instituições e instâncias de poder. Há uma vontade de participação e é preciso valorizá-la.

Em nossa opinião, essa nova situação da juventude não indica uma morte das utopias e da ação direta do jovem na sociedade. Por mais que não possamos ver claramente a ascendência de novos movimentos juvenis politizados, não podemos desconsiderar a presença de uma juventude que possui e demonstra suas demandas sob as mais diferentes formas. 
Enquanto isso, as gerações futuras nos reservam a transformação que os adultos de amanhã talvez não imaginem.
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EDITORIAL

MAIS UMA VEZ

    A falta de opções políticas em Goiás faz com que os eleitores goianos, fiquem passando o caneco nas mesmas mãos que sempre detém o poder. O estado vive a mesmice de sempre, com as mesmas figurinhas carimbadas sentadas no palácio das Esmeraldas.
    Não temos nomes ou temos pouca confiança em Elegê-los? Na realidade lutar contra o poder não é fácil, tudo funciona como um rolo compressor que vai dizimando os adversários que encontra pela frente. Vi com uma certa esperança, no início deste embate político, o lançamento de alguns nomes interessantes que demonstravam uma determinada capacidade em gerir nossa terra. Não quero aqui afirmar que o atual governo não está trabalhando, longe disto, até porque com a proximidade desta disputa algo deve ser mostrado como vitrine.
    Assim, gostaria muito que tivéssemos uma meia dúzia de postulantes ao cargo majoritário de Goiás, mas com tristeza vejo que este quadro está longe, mas muito longe mesmo de se tornar possível. Já é notório as negociações e alianças visando um possível segundo turno, aliás isto de segundo turno fere em muito a minha visão democrática. Acho que em uma democracia, possíveis negociações ferem a vontade popular, pra mim é simples assim: Quem tiver a maior votação, que leve os louros da vitória.

    Mais uma vez iremos às urnas escolher federais, estaduais e o governador. Na cartilha um monte de blás...blás...blás e infelizmente nossa gente ainda está amontoada nos corredores dos hospitais, sem teto, com uma educação mixuruca e com pouco dinheiro para se alimentar. As ruas se tornaram cracolândias, os transportes públicos verdadeiras carnificinas e este nosso povo sofrido ainda tem esperanças de renovação, de dias melhores, de paz e segurança, enfim de termos direito ao que nos é direito....então meu povo deste Goiás varonil vamos às urnas de novo.
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CRÔNICA

Pão e Circo

    Com todos os valores por terra, a complexidade da mente humana é tamanha que não acredito que psicólogos, analistas, psiquiatras, tenham soluções para tamanhas barbaridades ocorridas neste nosso País de malucos.
    Pais estão matando os filhos, filhos matando os pais, apenas estes fatos seriam suficientes para que saibamos que não existem mais valores e muito menos limites. Brasileiros confinados em suas residências saem de casa para o trabalho sem a certeza da volta para o lar. A violência é tamanha que se medidas drásticas não forem tomadas em regime de urgência entraremos em total colapso quando o assunto for segurança pública.
    Imagino o medo dos turistas que agora vem ao Brasil com o intuito de ver a copa. Agências de turismo já montam cartilhas com a finalidade de mostrar aos seus clientes dicas para burlar os marginais brasileiros, uma destas agências, pede ao turista que traga no bolso duas carteiras, uma com pouco dinheiro para em caso de assalto ser entregue ao bandido. Vergonha nacional é assim que nós habitantes desta nação, nos sentimos diante desta realidade.
    A quantidade de policiais que estarão nas ruas das cidades sede, supera qualquer guerra civil, em cada esquina policiais estarão presentes para proteger os turistas estrangeiros. Fica no ar uma pergunto? Quem protegerá nossas residências e os cidadãos brasileiros, que estarão relegados a assistir os jogos pelos telões espalhados pelo Brasil afora? Mesmo porque com os preços cobrados nos ingressos para ver a copa ao vivo o brasileiro precisa primeiro ganhar na mega sena.
    Não tenho nenhuma dúvida em afirmar que os manifestantes vão realmente gritar os seus bordões  focando mais educação, mais saúde, mais segurança pública e menos estádios pomposos, afinal, todo este patrimônio abusivo foi construído com o nossos suados impostos. Porque mega estádios em Manaus, em Cuiabá, se nem equipe de futebol tradicional estes estados tem?
    Fica então no ar o sentimento de revolta quando setores essenciais à vida estão legados a terceiro plano e o futebol em primeiro. São contradições que ainda farão parte da história por muitas décadas. Se o Brasil ganhar pelo menos terá “circo” se perder, ficaremos sem o pão e sem o circo.
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